Fotos e textos: Fátima Genaro, Marlene Rodrigues e Simone Souza
Segunda-feira, 25 de agosto de 2008, por volta das 15 horas. Para trabalho acadêmico com abordagem de assuntos relacionados à sociedade e ao uso das tecnologias, fomos à Praça da Sé em busca de fatos corriqueiros, porém até então não devidamente observados, talvez pela incessante repetição, e nos deparamos com esta realidade:


Aos olhos da multidão, a realidade das mazelas sociais nas ruas da cidade.
Segunda-feira, 25 de agosto de 2008, por volta das 15 horas. Para trabalho acadêmico com abordagem de assuntos relacionados à sociedade e ao uso das tecnologias, fomos à Praça da Sé em busca de fatos corriqueiros, porém até então não devidamente observados, talvez pela incessante repetição, e nos deparamos com esta realidade:
Aos olhos da multidão, a realidade das mazelas sociais nas ruas da cidade.
Em pleno século XXI, no maior centro econômico da América Latina encontramos pessoas excluídas do processo de desenvolvimento, resultado de políticas públicas e sociais pouco preocupadas em atender às necessidades da sociedade.
Mas o que realmente interessa para a mídia?
Atenta, a imprensa registra os acontecimentos na cidade. Os excluídos ainda são acontecimento?
Muitas vezes, nosso olhar não apreende o comum, pois já faz parte do nosso cotidiano. Nossa visão não seleciona o corriqueiro, que já não causa impacto. Para a sociedade, os moradores de rua só aparecem quando são queimados “vivos” ou quando cometem algum delito.
Com a visita do papa Bento XVI ao Brasil, todos os olhares voltaram-se para o mosteiro São Bento, onde o pontifície ficou hospedado. Nessa ocasião, a Praça da Sé, vizinha do mosteiro, ficou vazia, sem os mendigos e os meninos de rua que moram nas imediações da igreja. Eles foram "banidos", "escondidos" do olhar do papa e dos clicks das máquinas fotográficas do mundo.
Com a visita do papa Bento XVI ao Brasil, todos os olhares voltaram-se para o mosteiro São Bento, onde o pontifície ficou hospedado. Nessa ocasião, a Praça da Sé, vizinha do mosteiro, ficou vazia, sem os mendigos e os meninos de rua que moram nas imediações da igreja. Eles foram "banidos", "escondidos" do olhar do papa e dos clicks das máquinas fotográficas do mundo.
Para os governantes do país, as pessoas, em meio à multidão, são apenas números que reivindicam, quase com a certeza de não serem ouvidas e consideradas como cidadãs.
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