terça-feira, 16 de setembro de 2008

Impressões de olhares artísticos e tecnológicos

Mikado_Xplosion - Pascal Dombis - França, 2008
Foto: Fátima e Marlene

Como parte integrante do conteúdo da disciplina Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas ao Ensino, essa foi uma visita ocorrida no dia 13/09/2008, na sede do Itaú Cultural em São Paulo, à 4ª Bienal Internacional de Arte e Tecnologia.
A exposição reunia 16 obras de artes cibernéticas trazidas por artistas de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, sendo duas delas expostas no espaço público urbano. Uma é a Ultra-Nature - no metrô Paraíso - e a outra é o Mikado_Xplosion - um trabalho aplicado na fachada do prédio do Itaú Cultural, conforme foto ao lado. As demais obras concentram-se no interior do prédio: The Bacterial Orchestra ; I/VOID/O; Performative Ecologies; Roots; Canções Submersas; Bachelor - The Dual Body; Reler; The Mutations of the White Doe; Bacterias Argentinas; PixFlow#2; Tumbling Dream Chambers; RAP3 - Robotic Action Painter; youTAG;
Na obra, The Bacterial Orchestra, o público interagia emitindo sons que repercutiam no ambiente de forma modificada, provocando largos sorrisos.


Fotos: http//thefoot.multiply.com/journal/item/175/175

Uma das obras que consideramos exemplo de inovação artística e tecnológica foi RAP3 - Robotic Action Painter - um robô que desenha seguindo os imputs do público.


Foto:http//www.diasemprevisao.blogspot.com


Duas das obras privilegiaram diretamente a interação arte-tecnologia-educação.
Bachelor - The Dual Body - um livro que flutuava isolado e submerso num aquário, cujas folhas se moviam levemente, sugerindo um convite à leitura e à reflexão.

Reler - Esse trabalho convidava o público à interação, pois, ao abrir os livros expostos na estante, ouviam-se gravações de trechos de obras consagradas pela literatura mundial.
A princípio, as obras expostas no evento nos causaram certa estranheza para considerarmos a tecnologia como arte, devido ao hábito de apreciarmos apenas como obras de arte os trabalhos clássicos: esculturas, pinturas, gravuras, entre outros.
Levando a novidade ao nosso contexto escolar, notamos que tanto os alunos como professores também tiveram a mesma opinião sobre o assunto.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um olhar sobre São Paulo

Fotos e textos: Fátima Genaro, Marlene Rodrigues e Simone Souza

Segunda-feira, 25 de agosto de 2008, por volta das 15 horas. Para trabalho acadêmico com abordagem de assuntos relacionados à sociedade e ao uso das tecnologias, fomos à Praça da Sé em busca de fatos corriqueiros, porém até então não devidamente observados, talvez pela incessante repetição, e nos deparamos com esta realidade:


Aos olhos da multidão, a realidade das mazelas sociais nas ruas da cidade.
Em pleno século XXI, no maior centro econômico da América Latina encontramos pessoas excluídas do processo de desenvolvimento, resultado de políticas públicas e sociais pouco preocupadas em atender às necessidades da sociedade.

Mas o que realmente interessa para a mídia?
Atenta, a imprensa registra os acontecimentos na cidade. Os excluídos ainda são acontecimento?
Muitas vezes, nosso olhar não apreende o comum, pois já faz parte do nosso cotidiano. Nossa visão não seleciona o corriqueiro, que já não causa impacto. Para a sociedade, os moradores de rua só aparecem quando são queimados “vivos” ou quando cometem algum delito.
Com a visita do papa Bento XVI ao Brasil, todos os olhares voltaram-se para o mosteiro São Bento, onde o pontifície ficou hospedado. Nessa ocasião, a Praça da Sé, vizinha do mosteiro, ficou vazia, sem os mendigos e os meninos de rua que moram nas imediações da igreja. Eles foram "banidos", "escondidos" do olhar do papa e dos clicks das máquinas fotográficas do mundo.
A liberdade de expressão:

A Praça da Sé é um importante cenário de manifestações políticas.
Para os governantes do país, as pessoas, em meio à multidão, são apenas números que reivindicam, quase com a certeza de não serem ouvidas e consideradas como cidadãs.








Com essas condições de vida, o apelo à religião é inevitável.




Neste palco livre, o pastor prega o evangelho.


A catedral da Sé em São Paulo